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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Convite da AMDII

CONVITE

É com alegria que convidamos a todos para a Campanha Anual de Prevenção de Câncer intestinal.

Fomos convidados pela Sociedade Mineira de Coloproctologia, através de sua diretora, Dra. Thaisa Barbosa da Silva.

A Campanha acontecerá em Belo Horizonte/MG, no dia 27 de setembro pela manhã (domingo), com uma caminhada educativa. O início será a partir das 08:30h, onde teremos uma concentração na Praça da Bandeira, na Av. Bandeirantes com Av. Afonso Pena (Mangabeiras), para iniciar a caminhada em direção à Praça JK (Av. Uruguai com Av. Bandeirantes - Sion). Haverá um carro de som nos acompanhando e, nele, ficará um médico para orientar a população sobre medidas de prevenção.

Na praça JK, teremos 4 tendas do SESC para atividades (medidas de pressão arterial, orientação nutricional, entrega de kits gratuitos de pesquisa de sangue oculto nas fezes e aulas de prevenção). A Dra. Thaísa está negociando para que a AMDII tenha uma tenda própria para distribuir panfletos e orientar a população.

O evento ocorerá até as 12:00h. Há previsão de que a banda da PMMG participe.

Mas para tanto, gostaríamos que os Associados confirmem presença através do e-mail amdii@amdii.org.br para sabermos a quantidade certa de camisas e crachás a serem distribuídos.

Na concentração vocês deverão procurar a Patrícia Quintiliano, que está encarregada da coordenação nesse momento. Procurem por ela para a distribuição dos crachás e para que o grupo fique unido.

No mais, aguardamos a confirmação de vocês e seus familiares!



Abraços!


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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

66- Outubro / 2007

Não estava vivendo um período fácil. Estágio pela manhã em Centros de saúde e hospitais diversos. Estágio à tarde no Ambulatório de Feridas do IPSEMG. Gostava do estágio da tarde, pois foi a prática que mais me identifiquei: cuidar de pacientes com feridas. Que, aliás, é bem diferente do que apenas cuidar de feridas. O estágio da parte da manhã era menos interessante e me cansava mais, já que tínhamos que fazer um trabalho escrito atrás do outro e tínhamos pouca coisa para fazermos na prática da Enfermagem. Claro que era necessário, mas era um estágio que eu já havia feito metade e já sabia da teoria das professoras. Do jeito que eu estava física e emocionalmente falando, não consegui absorver mais do que o necessário.


Mas o que me desgastava mesmo eram as outras coisas: pegar ônibus com material, bolsa e um estoma para proteger; o processo da alergia da bolsa de colostomia; o namoro dando errado; o cansaço físico, a sacroileíte atacando por ficar tempo demais em pé. Tudo isso ia se acumulando, mas eu não podia parar. Queria me formar em 2007 e faltavam apenas os meses de Outubro e Novembro. Eu precisava conseguir.

No meio do mês fui fazer o teste de contato. A alergista emitiu o resultado do teste e um relatório onde afirma minha reação com as bolsas da marca que eu havia comentado antes e diz que não existe tratamento curativo, apenas não usar a bolsa determinada. O teste consistiu em colar em minhas costas, abaixo do ombro, várias substâncias, que constam no resultado, e aguardar uns dias para ver a reação da pele. Colamos pedaços das 2 marcas de bolsas de colostomia distribuídas pelo governo na época. Tudo foi colado de forma aleatória para que não se manipulasse o resultado. Quando retiramos todas as substâncias, o local do pedaço da bolsa em questão estava irritado. Guardo comigo esse laudo e relatório, pois se algum dia o governo não me der opção de bolsa e só tiver a marca que não posso, tenho como abrir um processo para conseguir outra marca.

Mas só a confirmação da alergia me deixou bastante aliviada. Para alguns eu estava fazendo papel de “fresca e encrenqueira”. Só que ninguém imagina o que é ficar ostomizada para o resto da vida e ter que usar bolsas que abrem feridas em minha pele. Queria que a colostomia melhorasse minha qualidade de vida e fosse a menor de minhas preocupações, mas até agora não vi nem sinal disso.

Enquanto isso tudo acontecia, comecei a fazer meu Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) que seria de Revisão Bibliográfica. Pedi à minha orientadora que permitisse que eu fizesse sozinha já que fazia o estágio sozinha e não conhecia ninguém daquele último período. Ela concordou e comecei a elaborar o tema. Escolhi falar sobre a influência do estado emocional durante o tratamento do paciente com feridas e como o Enfermeiro deve se portar diante disso. Vocês não têm noção do quanto estudar e ler para fazer esse trabalho me ajudou. Era como se eu estivesse fazendo aquilo para mim mesma. Mas foi difícil. A cada encontro com a orientadora ela saía riscando tudo e me dizendo onde eu errava. Eu tinha que corrigir e continuar o trabalho para o próximo encontro com ela. Tinha dias em que saía chorando, cansada, achando que o trabalho nunca ficaria bom...


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